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Metas climáticas nas organizações

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Mesmo sendo uma pauta prioritária nas agendas corporativas, muitas empresas têm dificuldade em implementar as metas climáticas.

É essencial que as empresas trabalhem pensando em eficiência energética, pois assim é possível contribuir de maneira significativa para a redução de custos operacionais e para o cumprimento de metas ambientais.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), é preciso manter os aumentos da temperatura em até, no máximo, 1,5oC em relação aos níveis pré-industriais, a fim de evitar impactos mais devastadores das mudanças climáticas. Fazer isso, para o IPCC, significa cortar as emissões globais de GEE (Gases de Efeito Estufa) praticamente pela metade até 2030 (comparando os níveis de 2010) e atingir as emissões líquidas zero, ou seja, não liberar mais carbono para a atmosfera do que é removido, isso até 2050. Para atingir essa ambiciosa meta é preciso uma transformação completa do sistema econômico global em todos os setores.

Já o Relatório de Riscos Globais 2021, do Fórum Econômico Mundial, mostrou a “falha da ação climática”, que se define como o fracasso dos governos e organizações em fazer cumprir, promulgar ou investir em medidas eficazes de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, preservar ecossistemas, proteger as populações e fazer a transição para uma economia neutra em carbono.

Os setores públicos e privados precisam se unir para combater as mudanças climáticas e facilitar essa transição para uma economia de baixo carbono. Segundo uma pesquisa realizada em colaboração com a Oxford Economics, com 750 executivos de diversos cargos, eles enxergam um ponto crítico no que diz respeito à mudança climática. Mesmo com a desaceleração da sustentabilidade, por conta da pandemia, ainda há um senso de consciência e determinação para alterar o curso da mudança climática e evitar cenários ainda piores no futuro.

Iniciativa de benchmarking da VDI-Brasil promove transição energética nas empresas

Segundo o estudo citado acima, 82% dos executivos brasileiros acreditam que investir em práticas ambientalmente sustentáveis traz benefícios econômicos de longo prazo, enquanto 74% concordam que a organização pode continuar a crescer à medida que reduzem as emissões de carbono. Entretanto, apenas 48% afirmam que suas organizações investiram nas tecnologias necessárias para reduzir as emissões de gases efeito estufa em suas operações.

Neste cenário, a VDI-Brasil entende que trabalhar a transição energética nas empresas é um dos caminhos possíveis para uma sociedade mais sustentável. Com base no tema, a Associação criou o Roadshow de Eficiência Energética, uma iniciativa que promove visitas técnicas em grandes empresas, apresentando soluções que contribuem para o desenvolvimento do tema.

O Vice-Presidente da VDI-Brasil e Gerente Executivo da LANXESS, Robert Madersdorfer, possui um papel ativo em debates, eventos e ações que tratam sobre eficiência energética. Para Madersdorfer a eficiência energética é um tema que extrapola as paredes das empresas. “Trata-se de uma questão ligada ao ESG (Environmental, Social, Government), que traz inúmeros benefícios para a empresa, mas principalmente para o meio ambiente e, consequentemente, para nós seres-humanos. Existem estudos que comprovam que a redução de energia tem potencial para melhorar a qualidade de vida da população, e nós queremos contribuir com essa causa, por isso é importante promover iniciativas que mostram os impactos positivos na prática”, destacou.

Numa perspectiva mais ampla, a transição energética nas empresas é uma parte essencial do esforço global para mitigar as mudanças climáticas e reduzir a poluição ambiental. Ao reduzir sua pegada de carbono e adotar práticas mais sustentáveis, as empresas demonstram liderança e responsabilidade corporativa, inspirando outras organizações a seguir o mesmo caminho. Essa mudança cultural é crucial para criar uma sociedade mais sustentável, em que a proteção do meio ambiente e a prosperidade econômica podem coexistir de maneira equilibrada. Além disso, a transição energética nas empresas contribui para a segurança energética, reduzindo a dependência de fontes de energia não renováveis, muitas vezes sujeitas a instabilidades geopolíticas. Em resumo, a transição energética não é apenas uma escolha ética, mas também uma estratégia inteligente para o sucesso a longo prazo das empresas e para o bem-estar da sociedade como um todo.

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