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Marco Stefanini, fundador e CEO do Grupo Stefanini conta sua trajetória em episódio do CEO Cast

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Com um projeto de transformação digital reforçado há cinco anos com uma série de aquisições em diferentes verticais de negócios, o Grupo Stefanini mostrou, ao longo de 2020, que estava preparado para suportar as necessidades dos clientes e do mercado em meio aos desafios impostos pela Covid-19. 

No início da pandemia, a multinacional brasileira ofereceu gratuitamente – no Brasil e no exterior – sua plataforma de Inteligência Artificial Sophie para empresas, organizações e entidades públicas que quisessem utilizá-la em seus websites e Intranets para tirar dúvidas de colaboradores e cidadãos sobre a Covid-19. A plataforma foi treinada com dados públicos sobre o coronavírus, o que permitiu à Sophie interagir e fornecer informações atualizadas sobre a doença, sintomas e como se prevenir, além de assuntos que pudessem ser úteis ao usuário, como melhores práticas de home office.

Pelo tamanho da importância que a Stefanini representa para o empreendedorismo tecnológico no Brasil,     recebemos no 11º episódio da série VDI CEO Cast – um podcast com a participação de CEO’s de grandes empresas – o convidado Marco Stefanini, Fundador e CEO Global do Grupo Stefanini. A trajetória da Stefanini é um ótimo exemplo de como determinação e estratégia, quando caminham juntas, representam uma força revolucionária, capaz de construir e transformar.

Formado pela USP em Geologia, o executivo iniciou sua carreira na área de informática, como trainee no Bradesco. Em 1987 fundou o Grupo Stefanini e desde então é CEO Global. Há seis anos iniciou o processo de transformação digital da empresa e, em 2018, participou ativamente da definição do novo propósito da instituição – Cocriando soluções para um futuro melhor -, que envolveu mais de 450 lideranças no evento global da Stefanini.

A trajetória da Stefanini, do seu início até o papel de destaque que a empresa ocupa hoje, é um ótimo jeito de entender melhor a Cultura Organizacional da companhia e, principalmente, os motivos sólidos que fazem com que ela seja considerada um dos maiores nomes relacionados à tecnologia, dentro e fora do Brasil.

Ao longo do bate-papo, o CEO contou em detalhes a história da empresa, principalmente o início da fundação, época em que o Brasil enfrentava uma severa crise econômica e o período conhecido como “Milagre Econômico” estava no fim. Diante desta realidade, Stefanini não pensou duas vezes e se aventurou na área da TI. 

Após um curso de 6 meses, de Análise de Sistemas, ele começou sua vida como profissional da tecnologia, no Bradesco. Após alguns anos na instituição bancária, quando tinha apenas 26 anos de idade, o geólogo e profissional da tecnologia assumiu riscos e começou, do escritório da sua casa, a companhia que leva o seu nome e representa o Brasil entre os grandes players dessa concorrida área, espalhados pelo mundo em mais de 40 países e com cerca de 27 mil funcionários.

Ao ser perguntado sobre a maneira que enfrentou a realidade da pandemia em sua companhia, Stefanini afirmou que “toda crise traz muito aprendizado. Se você vive em águas calmas o tempo inteiro seu nível de aprendizado se torna muito lento e pequeno, por isso uma das vantagens de quem vive no país com todo o ambiente dinâmico e desafiador, é aprender a ter resiliência. Eu nasci na crise, fundei minha empresa na crise, então por isso carregamos esse DNA de resiliência em nossa ética”. 

Ele explicou que essa experiência foi dolorosa e desafiadora, mas em contrapartida permitiu que a Stefanini desenvolvesse uma comunicação interna e externa sólida, a qual o mundo virtual contribuiu positivamente, e, por isso, hoje obtém um nível, muito maior que antes da pandemia, na capacidade organizacional de comunicação. 

“A nossa estratégia foi em primeira mão a comunicação e depois a transparência, entendendo que temos que passar que estamos trabalhando duro para nos adaptar, mas que não temos resposta para tudo”, afirmou. 

O crescimento de 2020 superou até mesmo o avanço em épocas anteriores. O faturamento em 2020 foi 20% maior do que em 2019, alcançando uma cifra de R$ 4 bilhões. Uma das áreas que mais cresceram, segundo o fundador, foi a de soluções digitais, que compreende inteligência artificial, nuvem analytics, segurança cibernética e marketing digital. A Indústria 4.0 também se destacou, afinal, esse setor, por ter sido um dos mais atingidos pela pandemia, precisou buscar soluções para melhorar os seus resultados. 

A pandemia tirou muitos profissionais da zona de conforto, estimulou a criação de squads (modelo organizacional que separa os funcionários em pequenos grupos multidisciplinares e objetivos específicos) para pensar em novas ofertas, desafiando a criatividade. Sobre esse assunto, Stefanini afirmou ainda que “assumimos mais riscos e responsabilidades para nos transformar e ajudar no processo de digitalização de muitas empresas”.     

Outro assunto abordado foi a importância da crise na aceleração da transformação digital da indústria, que, segundo ele, por vezes, tem uma maturidade em automação acima da média das outras indústrias, mas que ainda faltava no avanço da digitalização nas decisões e melhor usufruto dos dados que a automação disponibiliza. 

Por fim, Stefanini ressaltou a necessidade e o valor de se ter um propósito. “Quando você começa um negócio no Brasil, geralmente, é para sobreviver, depois para manter sua família, e depois para deixar um legado e deixar algo maior. Você não trabalha para o financeiro, você trabalha por um propósito, o financeiro é a forma de adquirir a sustentabilidade da empresa. Você faz pelo todo, para atingir o propósito, e não somente pelo dinheiro”. 

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