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Formação do engenheiro de hoje precisa acompanhar as mudanças da indústria

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Para encerrar a 11ª edição do Dia da Engenharia Brasil-Alemanha foi realizado o painel “Formação do Engenheiro 4.0 hoje”. O debate teve como ponto de partida as competências exigidas para lidar com os novos desafios na indústria e na sociedade.

Participaram do painel o subsecretário da Ciência, Tecnologia e Inovação do estado de São Paulo, Marcos Vinicius de Souza, o líder do Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), Pedro Wongtschowski, o gerente sênior de Desenvolvimento de Produto da Mercedes-Benz, Camilo Adas, e o head de Transformação Digital da Klabin, Sinésio Barberini. A discussão foi moderada pelo vice-presidente da VDI-Brasil, Ingo Plöger.

Um dos pontos principais que contribuem para a formação de uma nova geração de engenheiros, capaz de lidar com as adversidades e desenvolver soluções para os problemas emergentes, é a interdisciplinaridade. Para Marcos de Souza, o Brasil acaba de dar um grande passo nesse sentido. “Recentemente, nós inauguramos o IPT Open Experience, aqui em São Paulo, com o objetivo de reunir pesquisadores, alunos, empresas e startups em um mesmo local. Quando há pessoas de diferentes áreas trabalhando em sinergia, cria-se um leque de oportunidades. Essa diversidade é fundamental para os novos engenheiros”.

Sinésio Barberini discorreu sobre o assunto apontando a importância da educação básica para formação do engenheiro do futuro. “Nós precisamos trabalhar no nano para obter resultados no giga. O bom engenheiro é capaz de aprender qualquer coisa, mas, para isso, ele precisa de uma educação base e, infelizmente, nossa educação ainda tem algumas questões que precisam ser melhoradas. As mudanças estão acontecendo em um ritmo vertiginoso e, para o engenheiro dominar as novas tecnologias, é preciso ter essa base”.

A evolução da Inteligência Artificial, tal como de outras ferramentas que são otimizadas a cada dia, têm um papel importante na indústria, e consequentemente, para o engenheiro. Com esse plano de fundo, Pedro Wongtschowski destacou uma das características essenciais para a próxima geração de engenheiros. “O engenheiro vai continuar existindo em meio às tecnologias? Eu acredito que sim. A capacidade de criação é intrinsecamente humana, a máquina só replica o conhecimento adquirido. Novos desafios vão surgir, novas doenças, novas exigências, tudo isso vai exigir criatividade, e criatividade está na essência de um bom engenheiro”.

Dando continuidade ao debate, Camilo Adas expressou as mudanças que ocorreram nos últimos anos, ressaltando a necessidade de preparar os engenheiros para acompanhar esse ritmo intenso. “Hoje, quando pensamos em tecnologias, infelizmente, ainda temos um senso de inferioridade, para muitos a tecnologia ainda é uma utopia. Há uma década, nós assistíamos filmes de ficção científica e víamos carros autônomos e robôs, e não imaginávamos isso na realidade, e, hoje, estamos aqui em um evento discutindo sobre a implementação de Inteligência Artificial e de outras ferramentas no Brasil. Precisamos enxergar essa nova realidade e preparar profissionais capacitados para isso”.

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