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Como a eficiência energética tem sucesso nas empresas de manufatura? 

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Cada vez mais empresas industriais querem ou precisam melhorar a sua pegada de carbono. Dado que a maioria das emissões provém do consumo de energia, é justamente aqui que as organizações devem começar. Para alcançar uma redução direcionada e sustentável no consumo de energia, as empresas precisam de transparência. Caso contrário, correm o risco de investir em medidas, muitas vezes, ineficazes.

No entanto, com uma visão geral dos fluxos e consumos de energia na empresa, é possível determinar o status quo, definir e priorizar medidas de eficiência e compreender e quantificar claramente os seus efeitos. Muitas empresas também utilizam o conhecimento adquirido nessa fase para otimizar a produção, tomar decisões de investimento ou otimizar a manutenção.

Primeiros passos para a proteção climática

Não é incomum que sejam recolhidos muitos dados, mas isso não proporciona diretamente transparência. A maioria das empresas já possui dispositivos de medição em uso, mas muitas os leem manualmente e avaliam os dados usando Excel ou ferramentas similares.

Apenas isso não é suficiente para uma gestão energética sistemática. Os intervalos de medição são geralmente demasiado longos, a qualidade dos dados é geralmente inadequada e as opções de avaliação são muito limitadas. Ao mesmo tempo, o esforço é muito elevado – em tempos de Indústria 4.0.

Gestão sistemática de energia é essencial

Um sistema de gerenciamento de energia que automatiza esse processo é fundamental, pois assim os dados de medição fluem para um software que visualiza os dados sempre atuais por meio de uma variedade de avaliações e relatórios. Se os valores limites ajustáveis ​​​​forem excedidos, as mensagens de alarme são enviadas automaticamente diretamente ao órgão responsável. Isso significa que o potencial de eficiência é imediatamente aparente. O esforço é significativamente reduzido e os responsáveis ​​podem concentrar-se no aumento da eficiência, em vez de recolher dados e realizar cálculos.

Uma imagem diz mais de mil dados de medição

Para visualizar os dados de medição, os especialistas de Munique desenvolveram o software de gestão de energia “econ4”. Além de todos os relatórios padrão, como perfil de carga e consumo, também disponibiliza numerosos relatórios gerenciais e especiais. Isso varia de “análise ABC” a análise espectral e relatórios de custos e CO2. O software integra todas as fontes de dados, independentemente do fabricante, e está aberto a todos os tipos de energia (eletricidade, gás, água, calor, ar comprimido), bem como dados de estado, como, por exemplo, baixas temperaturas.

Transição energética em outras regiões do mundo

As alterações climáticas e a transição energética exigem mudanças significativas em todo o mundo. As situações iniciais, as condições de enquadramento e os desenvolvimentos para a transição energética são específicos de cada país e, portanto, bastante diferentes. Os desafios técnicos, econômicos e políticos associados só podem ser resolvidos por meio da cooperação global. No entanto, a transição energética também oferece um grande potencial de mercado para os setores relevantes da economia. Para tirar partido disso, é necessário compreender as condições políticas, técnicas e sociais específicas de cada país, a fim de concentrar a investigação e o desenvolvimento nestas áreas problemáticas.

Na Austrália, ainda faltam infraestruturas e trabalhadores qualificados para a transição energética, mas espera-se um grande aumento na produção de energia renovável, especialmente solar e eólica.

No Brasil, o etanol deve se tornar uma importante fonte de energia. Hoje, o país possui um grande portfólio de fontes de energia, grande parte das quais já vem de fontes renováveis.

“Temos um grande portfólio de fontes de energia no Brasil”, explicou Newton José Leme Duarte, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e conselheiro da VDI-Brasil, durante o Dia da Engenharia na Alemanha (Deutschen Ingenieurtag – DIT), evento realizado pela matriz da VDI. No mix energético, tal como apareceu em 2021, as participações da energia solar, eólica, gás natural e cana-de-açúcar como fontes de energia aumentaram desde 2000, enquanto as participações da energia hidroelétrica caiu de 16% para 11%, do petróleo caiu de 46% para 34%. 

Além da construção de sistemas de energia eólica e solar – que deverão ser expandidos para 15% e 5%, respectivamente, até 2027 – o Brasil depende, cada vez mais, do uso de etanol feito de cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar é uma importante fonte de energia para as indústrias elétrica e automobilística, e é cultivada nas regiões Sul e Nordeste, distantes da região amazônica. O etanol tem sido adicionado ao combustível dos automóveis há muitos anos a uma taxa de 27%. 

“Isso significa que os carros brasileiros têm as menores emissões de CO2 do mundo, 85 g CO2/km”, explicou Duarte. “Se olharmos para o ciclo de vida, eles são mais baratos que os carros elétricos.” Além do etanol, a cana-de-açúcar também fornece biomassa para produção combinada de calor e energia. A produção de energia a partir de biomassa e biogás deverá ser ampliada de 12,3 para 31 GW nos próximos anos.

Na China, as empresas planejam reduzir as emissões de CO2, mas elas só deverão diminuir significativamente a partir de 2030. A maior parte dos combustíveis fósseis do mundo é consumida na China. Isso significa que o país é responsável por 60% de todas as emissões de CO2 em todo o mundo causadas pelo consumo de energia. Embora a cota de energias renováveis ​aumente constantemente – atingindo 48% da capacidade instalada em 2022 – as emissões de CO2 na China devem continuar aumentando até 2030. 

Na Itália, grande parte da energia é importada atualmente e a capacidade de produção de energia renovável representa 38% da energia produzida no país.

Nos EUA, a transição energética depende de iniciativas locais. O atual governo elaborou um plano no qual 80% da produção de energia deve provir de fontes renováveis ​​em 2030.

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