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O “tarifaço” de Trump e seus efeitos na indústria e engenharia brasileira

3 min de leitura

 As recentes propostas de Donald Trump para ampliar tarifas sobre importações, incluindo setores estratégicos como aço, alumínio, veículos e biocombustíveis, acenderam um alerta no comércio global – e o impacto pode ser direto sobre cadeias industriais e tecnológicas. 

Neste artigo, você confere como o “tarifaço” de Trump afeta a engenharia e a indústria, especialmente no Brasil. Continue a leitura a seguir.

Entenda a medida protecionista dos EUA

O chamado “tarifaço” é a denominação popular atribuída ao conjunto de medidas protecionistas propostas e implementadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante seu novo mandato. 

Essas ações envolvem aumentos significativos nas tarifas de importação sobre uma ampla gama de produtos provenientes de mais de 180 países, incluindo algumas das principais economias globais, como China, União Europeia, Coreia do Sul, Japão e Brasil.

Conforme a justificativa apresentada pela administração Trump, a política visa “restaurar a justiça” no comércio internacional, equilibrando o que consideram ser relações comerciais desvantajosas para os Estados Unidos.

Desafios e oportunidades para a indústria brasileira

No Brasil, a alíquota imposta pelos EUA foi mantida em 10%, um percentual relativamente moderado quando comparado aos aumentos de até 20% para produtos da União Europeia e até 54% para exportações chinesas. 

Ainda assim, os reflexos dessa política protecionista já começam a ser sentidos na indústria nacional, como:

  • Aumento da concorrência no mercado interno: com as tarifas impostas pelos EUA a países como China, Japão, Coreia do Sul e da Europa, esses mercados buscarão alternativas para escoar seus produtos — e o Brasil pode se tornar um dos principais alvos. Isso deve intensificar a concorrência com produtos importados, especialmente nos setores industriais e de bens de capital.
  • Desvio de comércio: o chamado “desvio de comércio” ocorre quando países exportadores redirecionam suas vendas para mercados menos restritivos. Com o bloqueio americano, muitos produtos antes destinados aos EUA podem inundar o mercado brasileiro, pressionando ainda mais a indústria nacional, que já enfrenta dificuldades de competitividade.
  • Aumento dos custos de produção: outro fator agravante é o aumento no preço de insumos industriais, como o aço. Tarifas internacionais e oscilações globais acabam encarecendo a matéria-prima no Brasil, o que afeta diretamente a competitividade da indústria nacional

Apesar disso, esse cenário também pode abrir novas janelas de oportunidade. Alguns economistas apontam maior competitividade para produtos brasileiros, maior relevância do país na economia mundial e um fortalecimento entre União Europeia e Mercosul.

E como fica o setor de engenharia frente ao “tarifaço”?

Um dos primeiros reflexos esperados é a redução nos investimentos em obras e infraestrutura, tanto públicas quanto privadas. 

A possibilidade de uma recessão internacional leva empresas a adotarem uma postura mais cautelosa, postergando projetos ou limitando expansões.

Outro ponto crítico é o encarecimento de insumos estratégicos, como o aço e o alumínio. Com o mercado global sendo redesenhado pelas barreiras tarifárias, os preços dessas matérias-primas tendem a subir, impactando diretamente o custo das obras e dos sistemas construtivos — e, por consequência, afetando a viabilidade de novos empreendimentos.

Repercussões virão, mas uma coisa é certa: a medida protecionista não vai passar em branco

O “tarifaço” de Donald Trump representa um desafio significativo para a economia global, e seus impactos já estão sendo sentidos de maneira aguda no Brasil. 

Embora o país enfrente um aumento na pressão sobre sua indústria, especialmente nos setores de produção e construção civil, também surgem oportunidades.

Fato é que a recessão global exige uma postura mais cautelosa das empresas, com impactos diretos na viabilidade de novos projetos e investimentos.

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