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Como as empresas estão conscientizando os colaboradores sobre inclusão LGBT

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A bandeira da inclusão e diversidade está sendo levantada por diversas empresas no mundo todo. Dentro deste debate, que inclui diversas minorias, está a comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais), que apesar de ter ganhado visibilidade, ainda enfrenta grandes desafios no mundo corporativo, principalmente nas indústrias e áreas tradicionais como a engenharia.

Com uma média de 20 milhões de pessoas no Brasil, a comunidade LGBT já corresponde a aproximadamente 10% do PIB nacional, segundo a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Ainda assim, cerca de 40% relatam já ter sofrido discriminação no trabalho simplesmente por serem LGBT. Os dados são da Pesquisa Demitindo Preconceitos (Consultoria Santo Caos, 2015).

Companhias que são adeptas da diversidade com suas equipes, costumam ter melhores resultados financeiros e também maior índice de motivação e produtividade, como já falamos aqui no site.

Diante deste cenário, empresas estão criando estratégias para conscientizar os colaboradores sobre inclusão e respeito. Confira, a seguir, algumas práticas que as empresas estão adotando para conscientizar os colaboradores sobre a inclusão da comunidade LGBT e tornar o ambiente de trabalho mais acolhedor e seguro para que os colaboradores possam se expressar.

BLEND – Bayer Brasil

Desde 2016, a Bayer, empresa associada à VDI-Brasil, mantém seu compromisso em favor da diversidade ativo por meio de sua plataforma global, criada na Alemanha, chamada BLEND.

O projeto é executado junto do Comitê de Inclusão e Diversidade da empresa e desenvolve estratégias de comunicação, networking, políticas e treinamentos específicos para dar visibilidade e conscientizar funcionários sobre a causa.

Em um país como o Brasil, onde 61% dos profissionais LGBT não se sentem confortáveis para se assumirem no trabalho, segundo a pesquisa de 2016 do Center for Talent Innovation, ações como esta dão segurança para que os colaboradores tenham oportunidade de se abrirem e se sentirem seguros sabendo que seu gênero ou orientação sexual não será uma barreira no desenvolvimento de sua carreira.

Aqueles que não assumem sua orientação sexual têm 75% mais chances de abandonar seus empregos, segundo o sócio da McKinsey e diretor global de recrutamento, Brian Rolfes.

Além do BLEND, a empresa tem um grupo de Aliados formado por funcionários que querem atuar como uma rede de apoio, independente da orientação sexual ou gênero. Estes são responsáveis por abrir espaço para temas da causa LGBT em todas as áreas da empresa. São eles que ajudam na difusão das ações.

Pride@SAP

Abraçar a causa de maneira formal também é necessário. Em 2015, a presidente da SAP Brasil e chairwoman do cluster de Inclusão e Diversidade da VDI-Brasil, Cristina Palmaka, assinou a Carta Compromisso do Fórum de Empresas e Direitos LGBT. O documento contém 10 compromissos da empresa com a promoção dos direitos LGBT.

Funcionários que sentem liberdade para serem autênticos aumentam sua produtividade em 20% e a SAP reconheceu este fato e criou a Pride@SAP, uma rede global de colaboradores que fazem parte e apoiam a comunidade LGBT. O Brasil tem o segundo maior grupo entre as subsidiárias da empresa alemã.

Defender um mercado de trabalho diverso e inclusivo envolve ainda ações fora da empresa, como fez a SAP na Parada do Orgulho LGBT de São Francisco, na Califórnia, e também no evento realizado pela SAP Labs Latin America, o LGBTI Summit em 2016, que debateu e fomentou a diversidade e a inclusão LGBT no mundo corporativo.

A empresa ainda faz parte do Fórum das Empresas e Direitos LGBT e lidera palestras e treinamentos para diminuir a resistência à diferença. O grupo de discussão que tinha apenas dez pessoas em 2012, hoje conta com a participação de 420 funcionários.

GLBTA Brasil – GE do Brasil

De acordo com uma pesquisa realizada pela Out Now Global no ano passado, cerca de três em cada quatro entrevistados (73%) testemunharam atos de homofobia no local de trabalho durante o último ano. A pesquisa tem cunho global e já foi realizada com mais de 100 mil pessoas ao redor do mundo. Só no Brasil, foram cerca de quatro mil entrevistados.

Em busca de garantir oportunidades iguais de crescimento e desenvolvimento de carreira dentro do ambiente de trabalho, a GE do Brasil criou o hub GLBTA em 2013 e, desde então, vem implementando ações para impor o respeito e a diversidade. A iniciativa veio da sede nos EUA e hoje são mais de 400 aliados e 14 unidades da empresa no Brasil impactadas pelas ações.

Outro ponto importante trabalhado são as questões burocráticas. Na GE, todos os benefícios oferecidos para casais heterossexuais também se estendem aos casais do mesmo sexo. Além disso, a empresa também faz parte do Fórum de Empresas e Direitos LGBT, assim como a SAP.

Ações externas, como a parceria com a Casa 1 – centro cultural e de acolhimento de LGBTs em situação de risco em São Paulo –, também ajudam a envolver todos os colaboradores. São realizadas campanhas de doação e treinamentos com grupos de afinidade.

Como mostramos aqui, trabalhar a diversidade e a inclusão da comunidade LGBT já não é mais algo que as empresas fazem nas sombras. É importante lembrar que trabalhadores satisfeitos e novas ideias podem mudar o rumo da indústria e por isso a diversidade e a inclusão são essenciais para a produtividade e inovação.

Quer saber mais sobre como a indústria está trabalhando a inclusão e aumentando a produtividade e capacidade inovativa dos seus times? Faça parte do nosso Cluster Inclusão e Diversidade e tenha a oportunidade de trocar boas práticas com engenheiros e engenheiras de grandes empresas.

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